Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2019. Chrysophyllum splendens (SAPOTACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Distribui-se nos estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro (Carneiro; Almeida, 2011).
Ano da valiação | Categoria |
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2011 | NT |
Árvore que ocupa floresta em diferentes estágios de regeneração. Está intimamente relacionada a C. paranaense e C. flexuosum. Difere bastante das espécies C. flexuosum e C. paranaense pelo seu indumento ferrugíneo característico e pela forma do fruto Pennington (1990), sua coloração é facilmente observada em campo.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | habitat | past,present,future | regional | very high |
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1 Annual & perennial non-timber crops | habitat | past,present,future | regional | very high |
As imagens de satélite mostram o litoral de Sergipe, o litoral norte e boa parte do litoral sul da Bahia cobertos por extensas áreas de cultura de coqueiro (Cocos nucifera), uma planta introduzida inicialmente na Bahia pelos portugueses no século XVI, que se espalhou rapidamente por todo litoral do nordeste brasileiro (Siqueira, Aragão e Tupinambá 2002). As restingas e as florestas de baixada da Bahia e Sergipe estão sendo drasticamente devastadas para ceder lugar às plantações de coqueiro (M. Gomes com. pess.). A área relativamente grande ocupada por categorias de uso do solo como pastagem, agricultura e solo descoberto, e a pequena área relativa ocupada por floresta em estágio avançado de regeneração revelam o alto grau de fragmentação da Mata Atlântica no Sul-Sudeste da Bahia (Landau, 2003, Saatchi et al., 2001). Grande parte das florestas úmidas do sul da Bahia estão fragmentadas como resultado da atividade humana realizadas no passado, tais como o corte madeireiro e implementação da agricultura (Paciencia e Prado, 2005). Estima-se que a região tenha 30.000 ha de cobertura florestal (Paciencia e Prado, 2005), 40.000 ha em estágio inicial de regeneração e 200.000 ha em área de pasto e outras culturas, especialmente cacau, seringa, piaçava e dendê (Alger e Caldas, 1996). A maioria das propriedades particulares são fazendas de cacau, o principal produto da agricultura (Paciencia e Prado, 2005), sendo a cabruca considerada a principal categorias de uso do solo na região econômica Litoral Sul da Bahia (Landau, 2003). Nas florestas litorâneas atlânticas dos estados da Bahia e Espírito Santo, cerca de 4% da produção mundial de cacau (Theobroma cacao L.) e 75% da produção brasileira é obtida no que é chamado localmente de "sistemas de cabruca". Neste tipo especial de agrossilvicultura o sub-bosque é drasticamente suprimido para dar lugar a cacaueiros e a densidade de árvores que atingem o dossel é significativamente reduzida (Rolim e Chiarello, 2004, Saatchi et al., 2001). De acordo com Rolim e Chiarello (2004) os resultados do seu estudo mostram que a sobrevivência a longo prazo de árvores nativas sob sistemas de cabruca estão sob ameaça se as atuais práticas de manejo continuarem, principalmente devido a severas reduções na diversidade de árvores e desequilíbrios de regeneração. Tais resultados indicam que as florestas de cabrucas não são apenas menos diversificadas e densas do que as florestas secundárias ou primárias da região, mas também que apresentam uma estrutura onde espécies de árvores dos estágios sucessionais tardios estão se tornando cada vez mais raras, enquanto pioneiras e espécies secundárias estão se tornando dominantes (Rolim e Chiarello, 2004). Isso, por sua vez, resulta em uma estrutura florestal drasticamente simplificada, onde espécies secundárias são beneficiadas em detrimento de espécies primárias (Rolim e Chiarello, 2004). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat | past,present,future | national | very high |
Soffiati (2011) descreve a história da devastação das florestas estacionais do Norte-Noroeste Fluminense entre os períodos colonial e republicano. Inicialmente, a mata foi derrubada pela exploração madeireira, que visava madeiras nobres para uso na agroindústria canavieira, e depois pela agricultura extensiva cafeeira e a criação de bovinos. Em um cenário mais recente, é crescente a ocupação da pela monocultura do eucalipto na região Noroeste Fluminense (Burla, 2011), assim como no sul do Espirito Santo. Nesta região, o eucalipto é a segunda principal atividade agrícola, além de apresentar crescimento quando comparado ao café (SEAMA 2018). A exploração de florestas naturais no Espírito Santo teve um caráter predatório e entrou em declínio no final da década de 1960 e início da década de 1970, com o esgotamento das reservas florestais nativas e com o aumento do custo de transporte de madeira proveniente de áreas mais distantes (Siqueira, et al. 2004). O CEPE possui uma longa história de fragmentação, iniciada em 1500 com o ciclo da madeira do Brasil, e posteriormente intensificada com o ciclo de exploração da cana-de-açúcar. Primeiro, a valiosa madeira do Brasil (Caesalpinia echinata) foi explorada, mas logo o uso extrativo deu lugar ao desmatamento da floresta para o cultivo de cana-de-açúcar (Prado, 1976). Os moinhos usavam madeira para energia, desflorestamento aumentou no século 19, quando maquinaria a vapor foi introduzida. | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 5.1 Hunting & collecting terrestrial animals | habitat | past,present | regional | high |
As "áreas protegidas" são pequenas e desprotegidas (Dias et al.1990), e a caça de subsistência é generalizada (Almeida et al. 1995). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 5 Biological resource use | habitat | past,present,future | regional | very high |
Grande parte da fragmentação da floresta tropical provavelmente ocorreu 300 ± 500 anos atrás, pelas atividades humanas como, agricultura, pecuária, desmatamento, extração e caça espécies. A atual situação alarmante do PEC ocorreu devido à remoção da vegetação nativa (Olmos, 2005, Silveira et al., 2003a). Atualmente, existem apenas 157 áreas protegidas na região (Paula, 2012). Em comparação com outros setores da Mata Atlântica, o centro de Pernambuco é o que tem sido mais severamente impactado por seres humanos, além de ser o menos conhecido e protegido (Coimbra-Filho, Camara 1996). Os remanescentes florestais estão altamente fragmentados, e os numerosos pequenos fragmentos estão espalhados em uma matriz que certamente é prejudicial à sobrevivência deles em longo prazo, podendo levar a extinção de espécies nos remanescentes da floresta tropical (Turner et al., 1994, 1996). Tem sido demonstrado que os sérios distúrbios ambientais no CEPE levaram algumas espécies ao limite da capacidade de carga do meio ambiente, aumentando significativamente a competição por comida e território. |
Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie foi avaliada como "Vulnerável" (VU) à extinção na lista vermelha da IUCN (Pires O'Brien, 1998). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ALDEIA-BEBERIBE (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL COSTA DE ITACARÉ/ SERRA GRANDE (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BACIA DO RIO MACACU (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MURICÍ (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE PETRÓPOLIS (US), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL LAGOA ENCANTADA (US), RESERVA BIOLÓGICA DUAS BOCAS (PI), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL SANTO ANTÔNIO (US), ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE MURICI (PI), PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO CONDURU (PI), PARQUE ESTADUAL DE ITAÚNAS (PI), PARQUE MUNICIPAL NATURAL DA BOA ESPERANÇA (PI), PARQUE NACIONAL DA SERRA DAS LONTRAS (PI), PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ORGÃOS (PI), PARQUE NACIONAL PAU BRASIL (PI), REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE DE UNA (PI), REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE MATA DA USINA SÃO JOSÉ (PI), RESERVA BIOLÓGICA AUGUSTO RUSCHI (PI), RESERVA BIOLÓGICA DE POÇO DAS ANTAS (PI), RESERVA BIOLÓGICA DE UNA (PI) e RESERVA FLORESTAL DE LINHARES. |
Ação | Situação |
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5 Law & policy | needed |
A espécie ocorre em territórios que possivelmente serão contemplados por Planos de Ação Nacional (PANs) Territoriais, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Espírito Santo - TER33 (ES) e Território Itororó - TER35 (BA). |
Uso | Proveniência | Recurso |
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Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |